"Escrevi palavras com carinho, que breve foram jogadas ao vento...
Manifestos tardios, sombras do desespero!
Dias inesperados, caos incerto...
Até quando veremos, amargos e solitários humanos presos?
Morte da poesia? Que se alimenta de sopro e vida...
Quem gritará arte se não há quem respirar?
Quem clamará paz, se não há quem caminhar?
E como sobreviverão as crianças em suas rodas de brincar,
se as roupas da esperança desataram a despedaçar?
Miramos a crer nos últimos fios que nos inspiram a costurar,
nas finais rendas, nós e entre linhas...
Não permitindo que os buracos evidentes na alma,
nos façam perder as intensas batidas,
dança corrente, passagem nos átrios,
sobreviventes,
mais fortes que o tato!
Estrelas.
Mais do que aquelas que se foram, será aquelas que virão...
Não há com que se preocupar, aquelas que se foram, permanece lá...
Ainda que com nossos olhos não queremos enxergar.
Porque a vida, ainda que não transmita mais sopro,
tem a beleza suficiente para eternamente, brilhar!"
Menina X
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